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Série “As principais Doenças Organizacionais”: A “Doença do Sapo Fervido”

A história do Sapo Fervido é geralmente utilizada como uma metáfora alertando as pessoas sobre mudanças que ocorrem de forma lenta e gradual, com o objetivo de evitar eventuais consequências indesejáveis. Esta história tem origem no século 19, onde alguns experimentos realizados pelos pesquisadores alemães, Friedrich Goltz (1869) e Heinzmann (1872), demonstraram que ao aquecermos lentamente a água do recipiente em que o sapo se encontra, ele não perceberá o aquecimento gradual, continuará na água e irá morrer fervido. Porém, se colocarmos um sapo em um recipiente com água fervente, ele instintivamente irá pular tentando se salvar.

Durante os nossos 23 anos, trabalhando em organizações, detectamos que várias empresas sofrem dessa patologia em maior ou menor intensidade. O fracasso de muitos negócios não diz respeito somente a uma concorrência agressiva, à instabilidade e turbulência de um mercado em constante mudança e/ou aos avanços tecnológicos, mas, sim, à miopia gerencial e à total desconexão do que está acontecendo no ambiente externo e interno da empresa, assim como à inércia individual e grupal, associada a altas doses de complacência, benevolência, tolerância ao baixo desempenho e, por fim, a uma gestão baseada em relacionamento e amizade e não em mérito e competência. Essas empresas estão caminhando para uma morte lenta e gradual, tal qual o sapo nos experimentos de Goltz e Heinzmann.

O maior desafio é estarmos sempre atentos para que não sejamos como os sapos fervidos.  Precisamos ampliar a nossa complexidade mental para detectarmos sinais de mudanças e “Pular Fora” antes que seja tarde. É necessário ter coragem, determinação e disciplina para romper com o status quo, eliminar os maus hábitos e comportamentos e implantar as mudanças que se façam necessárias.