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A sua empresa trabalha em parceria com a cultura organizacional ou briga com ela?

De acordo, com dois dos meus mentores, o Doutor James Krantz (Nova Iorque) e o Professor Doutor Lionel Stapley (Londres), essa resposta vale um milhão de dólares.

Vamos fazer uma rápida e reflexiva viagem sobre essa questão. Para tanto, imaginemos um local muito distante, por exemplo um arquipélago paradisíaco da Oceania, situado na Melanésia, com o nome de Nova Caledônia, de onde estou escrevendo esse texto.

A Nova Caledônia é um território francês, localizado aproximadamente a 16.000 km de distância da França continental, possui uma superfície de 18.575 km², e está situada no Oceano Pacífico a 1.500 km a leste da Austrália e 2.000 km a norte da Nova Zelândia.

Considerando que todos estão a bordo. Vamos lá então!!!!

A cultura organizacional define a singularidade de uma organização e sua identidade. Tecida pelos seus próprios integrantes, ela se expressa por meio de uma rede de significados, elaborados e compartilhados no processo histórico de construção da organização e, gradativamente, produzidos e reproduzidos nas relações estabelecidas entre os diversos atores do contexto organizacional.

A Nova Caledônia possui uma extrema originalidade em sua flora e em sua fauna, 80% das plantas são endêmicas e sua biodiversidade marinha excepcional é respeitada como um tesouro, verdadeira sinfonia de espécies e de cores, resultado da sua história geológica particular, da antiguidade de seu isolamento e da sua geografia, tal como acontece com a cultura organizacional. Logo, estudar esse tema a partir dessa perspectiva ajudará a decifrar a estrutura submersa de significados pertencentes à vida organizacional e que persistem ao longo do tempo, formando a percepção das pessoas, suas interpretações e seus comportamentos.

A EXO, entre 2010 e 2012, realizou um estudo de benchmarking em nível mundial e desenvolveu uma metodologia composta por estudo quantitativo e qualitativo, denominada “Entendimento dos Traços da Cultura Organizacional (ETCO)”, que tem por objetivo analisar o código de símbolos partilhados pelos membros da empresa. Seria como conhecer os elementos primordiais que compõem a biodiversidade terrestre e marinha desse paraíso francês, no Pacífico Sul, que, dentre tantas outras riquezas, possui uma biodiversidade dos seus recifes de corais – estima-se que cerca 700 espécies de coral vivam ali–, além de ser o local preferido de um terço da população mundial de dugongs, um parente do peixe-boi.

Adotando uma visão reducionista, mas com o objetivo de responder à pergunta que vale um milhão de dólares, a nossa abordagem busca respostas e reflexões em relação a 12 ingredientes intrínsecos da dinâmica organizacional, listados a seguir. O importante é entender a intensidade e os mecanismos de atuação destes traços culturais e avaliar a sua sintonia em relação à necessidade atual e futura do seu negócio.

O segredo é trabalhar em parceria com a cultura organizacional e não brigar com ela, caso contrário, a probabilidade de insucesso é muito grande. É preciso focar no grupo de comportamentos críticos que necessitam ser aprimorados e não tentar promover uma transformação geral e irrestrita. Para tanto, a primeira etapa deve ser conhecer os traços culturais da organização e, na sequência, alinhar e aprimorar estratégias, processos, procedimentos, políticas e rituais, assim como, estabelecer as “ondas” da cultura nas quais a sua empresa deve surfar. Ao agir dessa forma, ocorrerá uma evolução da cultura para que ela se torne um acelerador para o seu negócio, nunca um obstáculo.

  • Mudanças
  • Coletivismo
  • Foco em resultado
  • Ambiente igualitário
  • Confiança
  • Responsabilidade social e ambiental
  • Inovação
  • Respeito ao indivíduo
  • Ambiente de aprendizagem
  • Diversão
  • Orientação externa
  • Orientação de longo prazo

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Joaquim E. Santini – Diretor Presidente EXO

Master Degree in Consulting and Coaching for Change at INSEAD.

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